quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Greve da polícia pode se alastrar por mais seis Estados da nação


O governo federal considera elevado o risco de a greve de PMs na Bahia se alastrar para mais seis estados: Rio de Janeiro, Alagoas, Pará, Espírito Santo, Paraná e Rio Grande do Sul. No Rio de Janeiro, a situação é considerada crítica. Há temor de que a greve provoque ondas de violência às vésperas do Carnaval, que começa em oito dias.
Em Brasília, houve carreata em apoio aos policias grevistas da Bahia. Os PMs da capital também se articulam para decidir se farão paralisação no Carnaval. Embora tenham os melhores salários do país, eles reclamam que não recebem um aumento há quatro anos. No Distrito Federal, um soldado ganha em média R$ 4.000 e, um oficial, R$ 7.000.
Em outros estados, onde os PMs recebem cerca de R$ 2.000, a categoria já começa a se movimentar. Há indicativo de greves no Rio de Janeiro e no Espírito Santo.
Segundo o site Itapoan Online, mais uma associação, a dos Oficiais da Polícia Militar Força Invicta, pode aderir à greve na Bahia. Segundo líderes, caso o governo não volte atrás em suas decisões, a entidade convocará uma assembleia para esta quinta-feira (9). A paralisação foi deflagrada por membros da Aspra (Associação de Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia) e, até então, os policiais militares das outras associações trabalhavam normalmente.
Os policiais pressionam por uma providência do Congresso Nacional. Eles afirmam que a solução para acabar com as greves é a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição, a PEC 300, que tramita na Câmera dos Deputados há mais de três anos.
A proposta prevê um piso salarial único de R$ 3.500 para policiais e bombeiros de todo o país. O medo do governo é que, caso o projeto seja aprovado, Estados e municípios não consigam arcar com as despesas. Marco Maia, presidente da Câmara dos Deputados, nega que o projeto terá apoio.

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